Introdução:
O que entendemos como adoração e idolatria? Bom, o propósito desta
resenha, é justamente chegarmos ao ponto de entender e conciliar em
nossa mente o que poderia ser adoração, veneração, intercessão e
idolatria. Através de comparações entre o universo de hoje e todo o
período bíblico, vamos explanar, com cautela e coerência, e
principalmente, mergulhando nas Escrituras, que sempre foram a nossa
"regra de fé e prática", este assunto.
Retornando na História, após a formação da Igreja Católica (não a Igreja
Católica Romana, mas uma igreja primitiva, dirigida por homens cheios
do Espírito Santo), muitos conceitos ainda eram guardados e observados
pelos primeiros cristãos, conceitos estes que foram esquecidos após a
união do Estado e Igreja (século III d.C.), que transformou a humilde
Igreja Católica, no poderoso Império Católico Romano. Este, ao admitir
uma aliança forçada com os bárbaros, permitiu a inclusão de suas
doutrinas politeístas em seu conjunto de dogmas religiosos. Como
resultado de uma aliança politicamente poderosa, mas religiosamente
fracassada, a Igreja se afastou da sua doutrina genuína ao incluir culto
e quaisquer outras formas de veneração e adoração a tudo aquilo que não
era Deus. Confeccionando imagens de homens e anjos, a Igreja passou a
espalhar estas por todo o templo. Logo, o espaço que deveria ser somente
dedicado a Deus, passou a ser divido com imagens de pessoas, pecadores
como nós mesmos. Mais um erro, mais um degrau à baixo, mais um vão
aberto entre Deus e a Igreja.
Nesta mesma época, havia grupos de cristãos que permaneciam fieis à
doutrina de Jesus Cristo e dos Apóstolos, mas eram perseguidos e
exterminados por serem considerados infiéis e hereges. Mas, através de
homens inspirados e levantados por Deus, como Lutero, Calvino, Wycliffe,
Huss e outros, aconteceu a grande Reforma Religiosa, que deu o passo
principal para que os cristãos acordassem de um sono que os aprisionava.
Uma das primeiras atitudes tomadas foi retirar as imagens (isso incluía
anjos, santos, Maria e etc.) das igrejas "cristãs". A Igreja estava
retornando às veredas da justiça, estava retornando a Deus. E embora
alguns chamem os reformadores de revolucionários, não é bem assim. Eles
perseveravam em corrigir um erro que a Igreja não admitia. Eles foram
expulsos e muitos mortos na fogueira, como João Huss.
O que é idolatria?
"Os que fazem imagens não prestam, e os seus deuses, que eles tanto
amam, não valem nada. Os que adoram imagens são tolos e cegos e por isso
serão humilhados. É uma grande tolice fazer uma imagem para ser adorada
como se fosse um deus. Todos os que a adoraram serão humilhados. Os que
fazem ídolos são apenas seres humanos; nada mais. Que eles se reúnam e
se apresentem no tribunal! Ali ficarão apavorados e serão humilhados". Isaías 44.9-11 BLH

Agora que demos uma passada na história de como a Igreja se destruiu e
como Deus à levantou, devemos entender, exatamente, o que quer dizer o
termo idolatria. Esta palavra vem do grego eidolon, que se traduz
"ídolo", e latreuein, do grego "adorar". Por tanto, idolatria se refere,
no seu sentido primário, adorar a um ídolo ou imagem. Em um sentido
mais substancial, diríamos que idolatria é qualquer forma de culto,
veneração ou servidão a um ídolo, imagem, pessoa, instituição,
sentimento ou lugar. Isso não quer dizer, então, que idolatria se refira
apenas a ídolos, mas a qualquer coisa que não seja Deus, sendo físico
ou não, abstrato ou concreto.
Ao povo de Israel era estritamente proibido fabricar qualquer imagem
esculpida ou fundida para adoração, nem de coisas da Terra, nem das do
céu ("Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há
em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra."
Êxodos 20.4; Deuteronômio 5.8). Isso não impedia que o povo
exercitasse as artes plásticas, afinal, eles faziam seus ornamentos, mas
se o objetivo fosse adoração, como ao bezerro de ouro (Ver Êxodos 32), o
veredicto de Deus seria empregado, morrer ao fio da espada. Outro
exemplo que podemos observar foi a chash nechosheth, no hebraico,
Serpente de Bronze. Esta expressão pode ser encontrada em II Reis 18.4 ("Tirou
os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a
serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos
de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neüstã."), mas a
história pode ser vista em Números 21.4-9. O Povo de Israel queixava-se
do tratamento imposto por Deus. Eles haviam se esquecido do seu próprio
passado e do que essa queixa poderia lhes render. Deus então os castiga
com serpentes venenosas que mataram vários israelitas. O povo então se
arrepende e Deus manda que Moisés construa uma serpente de bronze. Ao
contemplar a serpente, movidos pela fé, os israelitas seriam curados da
morte. Isso não era adoração, mas sim, obediência a Deus e também um
sinal para os israelitas lembrarem-se do seu próprio erro. Com o tempo,
alguns supersticiosos entre o povo, começaram a adorar a serpente. Isso
aconteceu no tempo do Rei Ezequias. Ele chamou-a de Neustã, que quer
dizer pedaço de bronze, dando a entender que era apenas metal e nada
mais. Por isso, a serpente foi destruída para sempre.
Há ainda exemplos da diferença entre ornamentação e adoração na
construção do Templo por Salomão (I Rs. 6.17-36, II Cr. 3.5-17, 4.1-22) e
na profecia de restauração do Templo (Ez. 41.17-26).
Falsos Profetas - Adoração a Ídolos, Santos...
biblicamente
essas heresias, e difundiram essas heresias como doutrinas Espirituais,
mas que não podemos considerar assim, pois é totalmente contrário aos
dogmas bíblicos.
Um dos textos bíblicos que ressaltam essa veracidade se encontra no livro de Isaías 42.8,9: "Eu
sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a
outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura. Eis que as primeiras
predições já se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que
sucedam, eu vo-las farei ouvir"
Existem dois pontos muito fortes neste texto. Primeiramente, Deus (Javé,
no texto original, quer dizer "Eterno" ou "O Deus Eterno") simplifica
toda uma dúvida. Ele, e só Ele é digno de todo louvor e glória.
Inacreditável como ainda em algumas preces de algumas religiões
expõem-se claramente a glória a suas imagens e ídolos. Deus que não
divide sua glória com ninguém. O outro ponto que deve ser respeitado é o
fato de Deus revelar que primeiro anunciaria o que vai acontecer, e,
logo então, aconteceria. Muitos podem não atentar para a profundidade do
texto, mas tem uma grande lição. Todas as coisas que acontecem hoje
(falo das coisas espirituais), a menos que sejam biblicamente citadas, é
profano aos olhos do Senhor, afinal, foi a sua própria pessoa que o
disse! Por isso sempre usamos o termo: "Pois a Bíblia diz assim..." ou
"A Palavra de Deus cita isso em...".
Não é de se espantar com tais fatos. A Bíblia, com toda autoridade que
lhe é cabível admite que nos últimos dias tais coisas aconteceriam.
Devemos pois estar preparados para não sermos consumidos por tal
artimanha maquiavélica do Diabo. O texto abaixo é só mais um em dezenas
deles. O Espírito de Deus diz claramente que, nos últimos tempos, alguns
abandonarão a fé. Eles darão atenção a espíritos enganadores e a
ensinamentos que vêm de demônios em I Timóteo 4.1 ("Mas o Espírito
expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.").
Será que devemos dar tanta ênfase aos que vieram antes de nós, ou que
fizeram algum bem para humanidade? Será que tais pessoas tem algum poder
ou hierarquicamente tem diante de Deus alguma tarefa quanto a nós? O
Salmista Davi, em Salmos 146.3,4, relata a revelação do Senhor Deus
quanto a esta dúvida: "Não confieis em príncipes, nem no filho do
homem (referindo-se a carne humana), em quem não há salvação. Sai-lhe o
espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus
pensamentos".
É bem verdade que muitas destas pessoas que confiam em outros que não
sejam o próprio Deus, acreditam que eles podem, de alguma forma,
ajudá-los nas dificuldades aqui na Terra, mas, pelo menos 120 textos
bíblicos pesquisados que se referiam aos termos "ajuda", "consolação" e
"intercessão" nenhum se quer se referia a uma ajuda sobrenatural que não
fosse o próprio Pai, o Filho, o Espírito Santo ou os anjos! Outros
textos sobre o assunto estão abaixo: "Pois os vivos sabem que
morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles
daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao
esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já
pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma
do que se faz debaixo do sol". "Tudo quanto te vier à mão para fazer,
faze-o conforme as tuas forças; porque o lugar para onde tu vais, não há
obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma". Eclesiastes 9.5,6,10
Existe ainda, uma corrente teológica que afirma que os judeus, no
período do Velho Testamento, não tinha ainda uma concepção da possível
vida pós-morte. Bem, mas se Jesus Cristo, o Filho de Deus, a segunda
pessoa da Trindade disser algo sobre isso.
No Evangelho de Lucas 16, Jesus conta a história em que morreram o "Rico
e o Lázaro". O Rico foi para o inferno (Hades) e o Lázaro foi para o
céu (Seio de Abraão). O sofrimento do Rico era tanto que ele pediu a
Abraão que deixasse que Lázaro molhasse a ponta de seu dedo na água, e
então, deixasse que uma gota de água refrescasse a sua sede. Abraão
então nega o pedido do Rico. Este então pede que Lázaro volte à Terra,
ou seja, ao convívio dos homens, para que testificasse aos seus
familiares o que havia acontecido. A resposta foi negada novamente.
Abraão alegou que os vivos tinham Moisés e os Profetas e que eles já
haviam alertado sobre isso. Abraão ainda diz que existe uma barreira
entre nós e eles, que não poderia ser traspassada. Moisés representa a
Lei Mosaica, ou seja, o Pentateuco. Os Profetas, representam a revelação
de Deus. Isso quer dizer que temos o necessário aqui, e que não é
preciso e nem permitido que Lázaro ou qualquer outra pessoa se retirar
do céu ou do Hades para tal absurdo. Não existe vontade permissiva de
Deus para isso. Essas foram palavras de Jesus Cristo, Onisciente,
Onipresente e Onipotente.
Os "SANTOS" podem nos ajudar?
Seria possível alguém que já morreu, por melhor pessoa que tenha sido,
estar nos vigiando ou atento as nossas necessidades aqui na Terra? Onde
estariam eles? Existe comunicação entre eles e nós? Se há, disso Deus se
agrada? Bem, temos sérias razões para acreditar que não. Vamos partir
do princípio que o nome "santo" não é bem o que todos imaginam. O
Apóstolo Paulo nos chama de santos, nos ensina a orar por todos os
santos, na ideologia em que todos os cristãos são santos porque buscam a
santificação em um processo diário e contínuo, renegando-se ao pecado,
assim como as coisas supérfluas, descontroladas e desordenadas. Mas,
vamos então tratar este nome, santo, dentro do nosso contexto, isto é,
"as pessoas que foram muito boas aqui na Terra, e por isso Deus os
colocou em um posto mais elevado e que possuem uma tarefa quanto a nós, a
de interceder por nós diante de Deus".
Bom, já que tocamos no assunto, a Bíblia diz que "existe um só Senhor e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem",
I Tm. 2.5. Embora muito imaginem que Deus só nos ouve se citarmos o
nome "Jesus Cristo", não é bem assim. A verdade é que, no mar de
religiões em navegamos encontramos milhares delas, cada uma com seu
"deus". Algumas insistem em acreditar que trata-se do mesmo Deus que nós
servimos. Claro que não é bem assim. Um dos propósitos de Deus ter
mandado Jesus à Terra, seria o de separar pessoas de pessoas, judeus de
judeus, isso quer dizer que através de Jesus Cristo e seu sacrifício,
podemos nos chegamos a Deus de uma forma íntima, amigável e familiar.
Pelo fato de acreditarmos, confiarmos e depositarmos toda nossa fé em
Jesus, temos livre acesso ao Pai. São muitos os que ainda imaginam que
nós pedimos a Jesus e Ele vai levar nosso pedido para Deus. Que
ingenuidade! Que falta de discernimento bíblico! Por causa disso,
difundiram uma doutrina em que, se pedirmos aos "santos", eles vão até
Jesus e Jesus vai até Deus. Nós encontramos isso na reza, ou oração, à
Maria: "Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós; agora como na hora de
nossa morte". Supostamente seria assim: "Eu peço ajuda à Maria, então,
na hora de minha morte ela iria até Jesus Cristo, contaria para ele
todas as minhas dificuldades em vida, tudo que sofri, mesmo esquecendo
do que fiz de errado. Jesus então, como meu advogado que não sabe nada
sobre minha vida iria até Deus e tentaria suavizar a minha pena. Deus,
então, daria o veredicto". Misericórdia! De onde tiraram isso? Com
certeza não foi da Bíblia.
A Igreja Católica, por vários séculos, tem se beneficiado da falta de
sabedoria e discernimento de seus fieis para espalhar a doutrina dos
santos e das imagens. Eles alegam que não existe adoração ou veneração a
estes, mas não é o que se vê por ai. Expressões como: "Servos da
Rainha", "Procissão de São Sebastião", "São ... rogai por nós", são
vistas e ouvidas em todos os lugares. Mesmo que não seja o princípio
desta Igreja, seus fiéis são incapazes de distinguir veneração, adoração
e culto de respeito e exemplo. Os fieis correm, se batem e se abatem na
tentativa de tocar em uma imagem, e dela receber uma virtude irreal, vã
e vazia. Perdem-se, e aos poucos se afundam em mar de doutrinas
furadas, pura apostasia. Um charco de mentiras que mais parece
misticismo do que cristianismo.
Mesmo assim, com o passar dos anos, esses desobedientes aos preceitos
bíblicos, devido a um excesso de confiança em si mesmo, acabaram por
humanizar Deus. Este passou a não ser mais o onisciente, onipresente e
onipotente. Ele agora, segundo muitos hereges, precisa de uma certa
ajuda daqueles que não passam de seres humanos, pecadores (como todos
nós). Criaram uma hierarquia celestial, onde Deus, agora mais do que
nunca distante de seu povo, comanda vários homens e mulheres a ajudarem
aos que estão na Terra. Onde se encontra Jesus Cristo nessa empresa
chamada céu? E os anjos que desde os primórdios têm atuado como
serviçais de Deus? E o Espírito Santo que foi mandado como consolador e
ajudador? Onde Deus descreveu tais coisas? Onde estão as profecias
indagando que essas coisas iriam acontecer e seriam benditas?
Em que Deus você acredita? Um Deus Soberano, que tudo vê? Que está
atento para te ouvir a todo momento? O Deus que criou tudo e todos? Ou
apenas um deus imperfeito, que não pode tomar conta de sua própria
criação?
Conclusão
Durante estes 2000 anos, a Igreja se desviou dos seus verdadeiros
princípios, isso acarretou problemas de gravidade incrível e
devastadora. Muitos se desviaram da sua verdadeira fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores. A doutrina dos santos e ídolos é apenas mais uma
neste universo dispendioso e avassalador. Esta não foi a missão de Jesus
e dos apóstolos. Estes (Jesus e os apóstolos) foram aqueles que tiraram
a venda dos olhos de um povo humilde e ignorante. A Igreja Católica
Romana, assim como outras seitas, colocaram-na de volta. Mas a Bíblia
adverte aqueles que fizerem os cristãos tropeçarem!
"Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem
em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande
pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar". (Mateus 18:6)
Cabe a cada um meditar e repensar no que tem feito e acreditado. Nós não
precisamos de uma fé palpável, nem das chamadas "catapultas celestiais"
para nos aproximarem de Deus. Devemos fixar em nosso coração o que é a
verdadeira fé em Hebreus 11.1: "É aprova das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem".
Nesta odisséia, vamos retornar ao início de tudo, vamos encontrar com
Jesus novamente, assim como, com seus ensinamentos, onde existe um só
alvo de adoração, onde Deus é o centro de tudo, onde ao fechar os olhos,
não existirá mais escuridão, mas somente a luz de Cristo brilhará.
Está na hora de tirarmos as vendas dos olhos. É hora de ser cristão.